O documentário estreia nos cinemas brasileiros em 13 de fevereiro com distribuição da Embaúba Filmes
O aclamado cineasta Jorge Bodanzky estreia seu mais novo trabalho, AS CORES E AMORES DE LORE, um documentário que mergulha na vida e obra da pintora alemã Eleonore Koch. O filme estreia em 13 de fevereiro nos cinemas com distribuição da Embaúba Filmes, e promete não apenas resgatar a trajetória de uma das artistas mais influentes e enigmáticas da arte contemporânea brasileira, mas também revelar as emoções e complexidades por trás de sua produção artística.
O documentário é construído a partir de uma série de encontros entre o diretor Jorge Bodanzky e a pintora Eleonore Koch em seus últimos anos de vida. A obra revela, de forma intimista, algumas de suas ideias e aspectos de sua personalidade. As filmagens capturaram longas conversas e depoimentos valiosos, com um conteúdo histórico e pessoal profundo.
Eleonore Koch, mais conhecida como Lore, nasceu em 1926 na Alemanha e foi radicada no Brasil desde a Segunda Guerra Mundial, destacando-se por sua ousadia e inovação ao explorar o uso das cores e formas, além de sua busca constante pela renovação do olhar artístico. Sua trajetória não se limita às telas, mas reflete sua luta e paixão pela liberdade criativa em um período turbulento da história do país, marcado por ditadura militar e censura à produção cultural.
Com uma personalidade forte, criativa e, acima de tudo, independente, Lore foi a única discípula de Volpi, com quem teve uma relação intensa. Sob sua orientação, aprendeu a técnica da têmpera, que passou a utilizar com frequência em suas obras, criando composições com formas reduzidas e cores profundas. O encontro com Volpi teve um impacto decisivo na trajetória artística de Lore, que preservou ao longo dos anos os pigmentos que ele mesmo preparava, utilizando-os em suas telas até o final de sua vida.
Conhecido por sua habilidade em tratar de temas complexos e intimistas, o cineasta Jorge Bodanzky traz toda sua sensibilidade para este trabalho, tendo registrado os últimos 5 anos de vida da pintora, que trabalhou com a sua mãe, Rosa Bodanzky, na livraria Cosmos, em São Paulo, na década de 50. Interessado em ouvir sobre sua mãe, o diretor acabou por captar mais de 15 horas de conversas com a artista, em que ela falou sobre sua pintura e sobre os seus diversos casos amorosos, abordando temas profundos como sexualidade, feminismo, amadurecimento e solidão. ”Lore é uma personagem fascinante. Ela teve uma vida intensa, marcada por muita liberdade, como poucas mulheres de sua geração. A intenção do filme não é construir um apanhado biográfico ou histórico da artista, mas compor um retrato sensível e contemporâneo de seus pensamentos ao final da vida”, relata Bodanzky.
A narrativa fílmica traz uma imersão no universo de uma mulher que, ao longo de sua vida, usou as cores não apenas como uma técnica, mas como uma forma de entender e traduzir a complexidade da vida. A história de Eleonore Koch é uma das mais fascinantes do cenário artístico brasileiro e este documentário oferece uma janela única para o seu legado.
AS CORES E AMORES DE LORE estreia nos cinemas em 13 de fevereiro com distribuição da Embaúba Filmes.
SINOPSE
Feito a partir de uma série de encontros entre o diretor Jorge Bodanzky e a pintora alemã Eleonore Koch, única discípula de Volpi, radicada no Brasil desde a Segunda Guerra Mundial, o filme retrata os últimos anos da artista, que viveu livre e intensamente, dedicando sua vida à arte.
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Ficha Técnica
Direção
JORGE BODANZKY
Empresa Produtora
ESPAÇO LÍQUIDO AUDIOVISUAL
Empresa Coprodutora
SPCINE
Roteiro
BRUNA CALLEGARI
Consultoria e Pesquisa
FERNANDA PITTA, LUDMILLA FONSECA
Pesquisa Adicional
JOAQUIM CASTRO, MARINA CIPIS
Produção
BRUNA CALLEGARI
Produção Executiva
BRUNA CALLEGARI, RAFAEL BUOSI
Direção de Fotografia
JORGE BODANZKY
Som Direto
JORGE BODANZKY, BRUNA CALLEGARI
Montagem:
BRUNA CALLEGARI
Edição de Som:
LUANA LEOBAS
Desenho de Som e Mixagem
RICARDO ZOLLNER
Trilha Sonora
FLAVIA TYGEL
Colorista
MARIA LUISA TINÔCO
Sobre Jorge Bodanzky
Começou sua carreira como repórter fotográfico e trabalhou para o Jornal da Tarde, Donauzeitung Ulm, O Estado de São Paulo e as revistas Manchete, Realidade e para agência Maitiry, com Fernando Lemos. Como diretor e câmera, realizou documentários e filmes com Hector Babenco, Antunes Filho, Maurice Capovilla, José Agripino de Paula, Reinhard Kahn, entre outros. É de 1975 o seu mais conhecido e premiado filme, Iracema, uma transa amazônica, produzido para a ZDF, da Alemanha. Em 2022, aos 80 anos, foi o grande homenageado do 55º Festival de Brasília. No mesmo ano, recebeu o Grande Premio do Cinema Brasileiro pela série Transamazônica: uma estrada para o passado (HBO, 2021). Atualmente, seu trabalho está em exposição no Instituto Moreira Sales, na mostra "Que País é Este" até 28 de julho. Prepara também o lançamento do seu mais novo documentário: As cores e amores de Lore.
Sobre a Embaúba Filmes
A Embaúba é uma distribuidora especializada em cinema brasileiro, criada em 2018 e sediada em Belo Horizonte. Seu principal objetivo é contribuir para a maior circulação de filmes autorais nacionais. Ela busca se diferenciar pela qualidade de seu catálogo, investindo em obras de grande relevância cultural e política. A empresa atua também com a exibição de filmes pela internet, por meio da plataforma Embaúba Play, que exibe não apenas seus próprios lançamentos, como também obras de outras distribuidoras e contratadas diretamente com produtores, contando hoje com 600 títulos em seu acervo, dentre curtas, médias e longas-metragens do cinema brasileiro contemporâneo.